Judy Chicago, uma das pioneiras da arte feminista nos Estados Unidos, tem sua primeira retrospectiva em 2021 aos 81 anos, organizada pelo De Young Museum, em San Francisco.

 

O nome dela sempre fica atrelado a The Dinner Party (1974 – 1979), uma obra – instalação, pensada para resgatar e celebrar as muitas contribuições das mulheres na história. A obra é composta de diferentes componentes cujo elemento central é uma mesa cerimonial triangular representando 39 figuras femininas históricas. Contudo, resumir sua obra a este projeto seria muito redutor.

 

Seus primeiros trabalhos coincidam com a emergência do minimalismo. Em uma época em que a cena artística era quase inteiramente dominada pelos homens, em 1966, a obra Rainbow Pickets foi exibido no Primary Structures, uma exposição minimalista marcante, realizada no Museu Judaico em NYC.

A partir de 1968, executa uma série de performances de fogos de artifício. Algumas dessas obras, intituladas Atmospheres, tiveram como objetivo transformar e suavizar a paisagem, introduzindo um impulso feminino no ambiente.

 

Em 1970, desenvolveu o primeiro programa de arte feminista na California State University em Fresno. Em 1971, junto com Miriam Schapiro, desenvolve o Programa de Arte Feminista no California Institute of the Arts, e organizam uma das primeiras exposições de arte feminista: Womanhouse.

 

Nos anos 80, realiza o Birth Project, tapeçarias de grandes tamanhos nas quais celebra os vários aspectos do processo de nascimento. Em paralelo, desenvolve a série Power Play. Em desenhos, pinturas, esculturas... ela reflete sobre as formas em que os homens exerçam o poder e suas consequências.

 

Fazer juiz a todas as criações da Judy em um texto curto é árduo. Holocaust Project, Resolutions, Glass, são muitos outros projetos, porém todos interligados por um processo criativo gradual, um trabalho baseado em uma busca apaixonada e experiencial da cor, da percepção visual e no crescimento da sua determinação em expressar abertamente suas experiências como mulher. Ao longo dos anos, ela expandiu um imaginário que se tornou emblemático de seu trabalho.

 

 

 

*Depois, colocar nas legendas o crédito das fotos pois não cabe no texto.*

© Fotos: J.Chicago/Artists Rights Society (ARS)